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Fábrica conjunta da HORSCH e Claas

No Cazaquistão, a engenharia agrícola alemã também é muito procurada. Ainda em 2021, representantes do Departamento de Indústria do Cazaquistão e a CT Assembly assinaram um contrato de investimento para a instalação de uma fábrica de montagem de máquinas agrícolas conjunta das fabricantes HORSCH e Claas.

Mas foi apenas um ano depois que o local de produção foi inaugurado oficialmente. “Infelizmente, foi necessário adiar a inauguração oficial em decorrência da pandemia. É claro que, mesmo assim, estamos muito felizes por conseguir inaugurar a nova fábrica com vocês”, explicou Johannes Kluth (Gerente de território para Ucrânia-Cazaquistão).

O evento contou com a presença de representantes do alto escalão do governo cazaque. Participaram do evento de inauguração, além do presidente Kosym-Zhomart Tokayev, Roman Sklyar (vice-primeiro-ministro), Yerbol Karashukeev (ministro da agricultura) e Yerlan Koshanov (chefe da administração presidencial).
A inauguração dessa fábrica faz parte de um plano de cooperação ainda maior entre o governo do Cazaquistão e a CT Assembly, a operadora do projeto. Esta última também é uma ramificação da importadora e parceira da HORSCH, a empresa comercial CT Agro, que detém os direitos de venda da HORSCH e da Claas no Cazaquistão. “A cooperação da HORSCH e da CT Agro começou há cerca de 10 anos, naquela época com nosso primeiro Sprinter 24 NT. O governador à frente da região norte do Cazaquistão também valorizou muito esse projeto. Ele demostrou isso através do seu grande esforço e influência política para viabilizar o projeto. A Claas assumiu um papel de liderança nas longas negociações com os representantes políticos”, explicou Kluth.
O contrato especial de investimento estipula a montagem industrial de diferentes colheitadeiras e tratores Claas, mas também de semeadoras HORSCH, especificamente semeadoras de cereais. Em primeiro lugar, a HORSCH pretende montar a linha Sprinter para o mercado cazaque, entre outros a Sprinter 12 HD, Sprinter 15 NT e 18 NT, bem como a Sprinter 24 NT. Johannes Kluth vê muitas vantagens na sinergia entre a HORSCH e a Claas. Os produtos se complementam e a estratégia de vendas é bastante semelhante: o cliente está no centro de todas as atividades.

Para o Cazaquistão, é particularmente importante que o valor agregado seja percebido no país. Os agricultores que compram máquinas produzidas no país recebem subsídios. Justamente por isso, o pavilhão de produção foi fornecido para a fábrica. Além disso, o norte do Cazaquistão é uma das regiões agrícolas mais importantes do país. É nessa região que a maior parte dos cereais é produzida. Portanto, segundo Johannes Kluth, a região é uma das mais importantes áreas de vendas.
A HORSCH faz negócios no Cazaquistão desde o final da década de 1990. “Os campos lá são relativamente grandes, com 300 a 400 hectares, e a agricultura é marcada por uma rotação de culturas de três campos, onde o espaço serve principalmente às culturas de primavera, especialmente o trigo. Na maior parte das regiões, não há condições para culturas de inverno. E os rendimentos alcançados são bastante baixos, menos de 2 toneladas de trigo de verão por hectare. Devido à mudança climática, a temperatura tem sido mais alta e o período de vegetação, um pouco mais longo, ou seja, a fase de vegetação está mudando. Isso permite o cultivo de plantas produtoras de óleo, a colza, por exemplo. No entanto, há requisitos especiais da semeadora para o cultivo dessas plantas. É aqui que entram as nossas Sprinters, e é por isso que colocamos o foco nelas e as adaptamos às necessidades dos clientes do Cazaquistão. Porém estamos de olho no mercado e em seus desenvolvimentos para ver quais grupos de produtos podem ser adicionados no futuro. No momento, estamos mantendo todas as opções em aberto.”  
Os primeiros kits das máquinas já foram entregues no final do ano passado e montados nas instalações locais. Na primavera, eles foram entregues aos clientes. Na época da inauguração, a colheita de cereais estava acontecendo no Cazaquistão e, portanto, foi o primeiro trigo colhido com as máquinas montadas na nova fábrica.

Os parceiros se reuniram com os representantes do Departamento de Comércio e Indústria e acertaram um cronograma para a localização das máquinas, que começa com um nível mais baixo e vai aumentando a cada ano. “No ano inicial do contrato, nossa prioridade era ajustar os mecanismos no local de produção. Além disso, no início, apenas a montagem das máquinas era realizada. Em uma etapa posterior, as tarefas serão estendidas, ou seja, a parte pneumática das semeadoras também será totalmente pré-montada nas instalações locais.”

Para dar suporte a esse processo complexo, a HORSCH coloca à disposição auxiliares de montagem e realiza treinamentos. Uma delegação da unidade de produção do Cazaquistão já foi treinada em Schwandorf. “Além disso, decidimos contratar um funcionário próprio que vai, além de coordenar tudo e garantir a qualidade das máquinas montadas, identificar novos fornecedores.”